29 May 2007

Workshop The One Minutes Portugal


1 a 5 de Outubro de 2007

Candidaturas até 15 de Junho de 2007
Regulamento disponível em www.aipcinema.com

Informações adicionais:
Paula Albuquerque – p@concrete-dok.net



Convidam-se artistas de todas as áreas e disciplinas das artes plásticas e visuais a apresentar candidaturas com vista à participação no Workshop The One Minutes Portugal.

Durante o Workshop, os vinte artistas seleccionados produzirão vinte filmes em vídeo com a duração exacta de um minuto, sob a orientação de um monitor enviado a Portugal pela The One Minutes Foundation (Amesterdão) e de um artista português.

O Workshop terá lugar entre os dias 1 e 5 de Outubro de 2007 nas instalações da Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, prevendo-se a projecção dos filmes The One Minutes aberta ao público a 13 de Outubro de 2007.

O resultado do Workshop será também apresentado no Museu de Arte Contemporânea Today Art Museum em Pequim no evento “The 2008 One Minutes” em que 100 países, incluindo Portugal, são convidados a apresentar a sua selecção nacional de One Minutes.

O júri encarregue da selecção dos candidatos ao workshop é constituído por Miguel Amado e Cíntia Gil.
Os monitores do workshop são os artistas Amir Admoni (Holanda) e Nuno Cera (Portugal).

14 May 2007

Experiência profissional e académica no campo das artes – testemunhos

Com:
Margarida Veiga

5ª feira 24 de Maio 2007, 21 horas

Salão do Ar.Co, Rua de Santiago, 18, Lisboa


Em sessões que se desenrolarão ao longo do ano lectivo, personalidades nacionais e internacionais envolvidas com a produção, divulgação e administração das artes são convidadas a destacar, individual e informalmente, aspectos relevantes da sua experiência profissional ou de recentes experiências formativas, compondo visões subjectivas dos mecanismos do “mundo da arte”.

As sessões destinam-se prioritariamente a alunos do Ar.Co em fase de finalização da sua formação (Fases 3, Cursos Avançados, Projectos Individuais).


NOTA BIOGRÁFICA

Licenciada em Arquitectura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e em Gestão das Artes pelo Instituto Nacional de Administração – INA.

Exerceu vários cargos na Administração Pública, nomeadamente como responsável da Divisão de Artes Plásticas da Secretaria de Estado da Cultura, Vice-Presidente do IPPAR.

Fundou com Fernando Calhau e Delfim Sardo a empresa Modus Operandi, no ano de 1993, a primeira empresa privada na área da concepção e produção de exposições de arte contemporânea.

Foi Assessora do Instituto Português dos Museus, Directora do Centro de Exposições do Centro Cultural de Belém, de 1996 a 2005, Subdirectora do Instituto das Artes e Administradora da Fundação Centro Cultural de Belém, cargo que exerce nesta data.

Docente do curso de Curadoria da Faculdade de Belas Artes de Lisboa/Fundação Calouste Gulbenkian, da cadeira “Espaços e Contextos”

10 May 2007

3xHHH (Ciclo de Cinema na Culturgest)

The Boys from Fengkuei (Os rapazes de Fengkuei)

Hou Hsiao-Hsien (nascido em 1947), HHH, é um cineasta internacionalmente consagrado após o Leão de Ouro de Veneza para A City of Sadness em 1989, seguido do Prémio do Júri em Cannes para The Puppetmaster em 1993. Na Culturgest, quando do Festival Extremos do Mundo, em 2000, foi apresentado Flowers of Shangai, que era à data a sua obra mais recente. Neste momento, Hou Hsiao-Hsien conclui o seu primeiro filme ocidental, uma iniciativa do Musée d’Orsay tornada homenagem ao clássico filme de Albert Lamourisse Le Ballon Rouge, com Juliette Binoche.
Um cineasta tão pessoal, que se revelou partindo das suas próprias memórias num espaço e numa cultura que nos são distantes, inscreveu Taiwan no mapa internacional do cinema, deu-nos a conhecer a dolorosa história e a identidade conturbada da ilha, e afirmou-se como um dos maiores autores do cinema contemporâneo.
Há dois grandes blocos na sua obra que urgia dar a conhecer em Portugal, com a revisão da obra e as aberturas recentes. O dos filmes autobiográficos e a trilogia de Taiwan. O ciclo organiza-se assim em três tempos:
1. O tempo das memórias pessoais – The Boys from Fengkuei (1983), primeiro “filme de autor” de HHH, e A Time to Live, A Time to Die (1985), ambos autobiográficos, A summer at grandpa’s (1984), filme autobiográfico da argumentista Chu Tien-Wen, e Dust in the wind (1986) filme autobiográfico de outro argumentista, Wu Nien-Jen.
2. A Trilogia da História de Taiwan – A City of Sadness (1989), The Puppetmaster (1993,) e Good Men, Good Women (1995).
3. Entre tempos e espaços – Goodbye South, Goodbye (1996), uma passagem para a juventude do presente, que HHH diz ser um seu “segundo primeiro filme”, e Flowers of Shangai (1998) uma revisitação do passado e da China Continental, completando-se o ciclo com HHH, Portrait de Hou Hsiao-Hsien (1997), realizado por Olivier Assayas que, enquanto crítico nos “Cahiers du Cinéma”, fora o primeiro a chamar a atenção para o cineasta de Taiwan.

Comissário Augusto M. Seabra

Quarta 16 de Maio
21h30 The Boys from Fengkuei (Os rapazes de Fengkuei) 1h41, v.o. leg. em inglês

Quinta 17 de Maio
18h30 A Summer at Grandpa’s (Um Verão com o avô) 1h40, v.o. leg. em inglês
21h30 A Time to Live, A Time to Die (Tempo para viver e tempo para morrer) 2h05, v.o. leg. em inglês

Sexta 18 de Maio
18h30 Dust in the wind (Poeira no vento) 1h49, v.o. leg. em inglês
21h30 A City of Sadness (A cidade da dor) 2h39, v.o. leg. em inglês

Sábado 19 de Maio
15h00 The Puppetmaster (O mestre das marionetas) 2h22, v.o. leg. em francês e alemão
21h30 Good Men, Good Women 1h50, v.o. leg. em inglês

Domingo 20 de Maio
15h00 HHH, Portrait de Hou Hsiao-Hsien (HHH, retrato de Hou Hsiao-Hsien) 1h31, v.o. em francês sem legendas
18h30 Goodbye South, Goodbye 1h52, v.o. leg. em inglês
21h30 Flowers of Shangai (Flores de Xangai) 1h49, v.o. leg. em inglês

06 May 2007

Visionamentos no Ar.Co

No âmbito do Curso Avançado de Artes Plásticas serão exibidos os seguintes filmes:

"Excalibur"
de John Boorman
1981
135 minutos
Idioma - Inglês
Legendado em Português



"Lancelot du Lac"
de Robert Bresson
1974
80 minutos
Idioma - Francês
Legendado em Inglês



(visionamento aberto a todos os alunos do Ar.Co)

Local:
Ar.Co, Rua de Santiago 18 Lisboa (Salão)

Horários dos visionamentos:
4ª feira 9 Maio
“Excalibur” – 15.00h
“Lancelot du Lac” – 21.30h

5ª feira 10 Maio
“Excalibur” – 15.00h
“Lancelot du Lac” – 21.30h


Notas sobre o Cinematografico

Robert Bresson - (excerptos de) “Notas sobre o Cinematografico”
(Notes sur le cinématographe, Paris, Gallimard, 1975)


Precisão de mestre. Ser eu próprio um instrumento de precisão.

Nenhuns actores.
(Nenhuma direcção de actores). Nenhuns papéis.
(Nenhuma aprendizagem de papéis). Nenhuma encenação.
Mas o uso de modelos de trabalho, tirados da vida.
SER (modelos) em vez de PARECER (actores).

O que interessa não é o que eles me mostram mas o que eles me escondem e, acima de tudo, o que não suspeitam que está neles.

Aplicar-me às imagens insignificantes (não-significantes).

Aplanar (tornar planas) as minhas imagens (como que passando-as a ferro), sem as atenuar.

(...) Colocarmo-nos num estado de intensa ignorância e curiosidade, e no entanto prever as coisas.

Apaixonados pelo apropriado.

Um todo feito de boas imagens pode ser detestável.

A mistura do verdadeiro e do falso produz falsidade (…).

O falso quando é homogéneo pode produzir verdade (…).

(...) Nenhuma parte do inesperado que não seja secretamente esperada por nós.

Cava fundo onde estás. Não deslizes para outro lado.
Duplo, triplo fundo das coisas.

Não corras atrás da poesia. Ela penetra sem ajuda através das juntas.

Deixa que sejam os sentimentos a fazer surgir os eventos (…) e não ao contrário.

Nenhum mecanismo cerebral ou intelectual. Apenas um mecanismo.

Não artístico, mas ágil.

O próprio Debussy costumava tocar com a tampa do piano fechada.

Desmantelar e reconstruir até que obtenhamos intensidade.

Torna-te homogéneo com os teus modelos, torna-os homogéneos contigo.

Devolve o passado ao presente. Magia do presente.

Pratica o preceito: encontrar sem procurar.

Nesta linguagem de imagens, temos de perder completamente a noção de imagem. As imagens devem excluir a ideia de imagem.

Ter discernimento (precisão na percepção).

As ligações de que os seres e as coisas estão à espera, para poderem viver.

O verdadeiro é inimitável, o falso intransformável.

Retoca um pouco de real com um pouco de real.

Não criamos ao adicionar, mas ao retirar.

Esvazia o lago para chegar ao peixe.

Provoca o inesperado. Espera-o.

O real cru não produzirá verdade por si mesmo.

Faz com que os objectos pareçam que querem ali estar.

Sê tão ignorante do que vais apanhar como o pescador do que está no fim da cana de pesca.

Forjar para nós próprios leis férreas, ainda que só para lhes obedecermos ou desobedecermos com dificuldade.

O público não sabe o que quer. Impõe-lhe as tuas decisões, as tuas delícias.

Produção de emoção determinada por uma resistência à emoção.

Ser escrupuloso. Rejeitar tudo o que, do real, não se torna verdade.