GRANULAR NO AR.CO
10 e 17 de Maio | 21h30 | no Ar.Co, em Lisboa
Parceria: Granular e Ar.Co
Local: Ar.Co - Rua de Santiago 18, Lisboa
Entrada livre
Porque cada vez mais esbatidas estão as fronteiras entre a música
e as artes visuais, um programa que estabelece a ponte entre os dois universos.
Inclui exposições sobre os processos criativos apresentados.
10 de Maio 21h30
@c+3kta
Produto da colaboração do duo @c (Pedro Tudela e Miguel Carvalhais) com 3kta (André Rangel), o "objecto multimodal" OAV é, simultaneamente, uma performance, um processo e o que designam como "um fluxo". Os módulos sonoros e visuais são gerados a partir de estruturas predefinidas, mas tudo "acontece" no próprio momento da apresentação, combinando harmonia e dissonância. Tudela e Carvalhais são dois dos mais insignes representantes da electrónica e da electroacústica portuguesas, com um longo e profícuo trajecto que resultou já na edição de vários discos (a maior parte deles na editora Crónica, do Porto) e de concertos em diversos países, além de terem notáveis e amplamente reconhecidas actividades nas artes plásticas, na cenografia de teatro (o primeiro) e no design de comunicação (o segundo). Rangel é um especialista na interactividade entre som e imagem, com trabalho nas áreas do instalacionismo, do vídeo, da robótica e da construção de hiperinstrumentos sinestésicos, sempre com software inovador desenvolvido por si mesmo.
17 de Maio 21h30
Pedro Lopes+António Jorge Gonçalves
Pedro Lopes (gira-discos, computador, objectos) e António Jorge Gonçalves (projecção de desenhos
em tempo real) estreiam-se em duo nesta performance totalmente improvisada. Lopes utiliza discos em acetato gravados por si, bem como gongos, pratos, peles e outros utensílios com que manipula os
pick-ups dos seus Technics. Vindo do universo hip-hop, mas hoje dedicado ao experimentalismo electroacústico com matrizes no jazz e na música livremente improvisada, é membro dos projectos OTO, Whit e Eitr.
Gonçalves é um dos mais ilustres autores de banda desenhada e cartoonismo em Portugal, com um percurso paralelo de colaborações em contexto musical nas quais aplica um surpreendente sistema de desenho ao vivo e projecção instantânea, o que fez já, por exemplo, com o saxofonista Paulo Curado, o grupo de pop electrónica Micro Audio Waves, os pianistas e compositores Bernardo Sassetti e Mário Laginha e o director de orquestra Enrico Onofri, para a ópera "Antígona", de Antonio Mazzoni.