Dois filmes a não perder este mês na Cinemateca
16-02-2013, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Martha
de Rainer W. Fassbinder
Alemanha, 1973 - 116 min
legendado eletronicamente em português
Apresentado uma vez na televisão em 1974 e só distribuído vinte anos depois, MARTHA é um dos pontos culminantes da obra de Fassbinder. É o primeiro filme em que se manifesta a sua admiração pelo cinema de Douglas Sirk e nele a perfeição de uma mise-en-scène clássica é posta ao serviço do seu mundo pessoal. E neste mundo o masoquismo tem um papel central. Fassbinder leva este tema a extremos em MARTHA, história da “educação” de uma mulher pelo marido, história da aceitação da opressão como uma necessidade. Uma assustadora obra-prima.
Martha
de Rainer W. Fassbinder
Alemanha, 1973 - 116 min
legendado eletronicamente em português
Apresentado uma vez na televisão em 1974 e só distribuído vinte anos depois, MARTHA é um dos pontos culminantes da obra de Fassbinder. É o primeiro filme em que se manifesta a sua admiração pelo cinema de Douglas Sirk e nele a perfeição de uma mise-en-scène clássica é posta ao serviço do seu mundo pessoal. E neste mundo o masoquismo tem um papel central. Fassbinder leva este tema a extremos em MARTHA, história da “educação” de uma mulher pelo marido, história da aceitação da opressão como uma necessidade. Uma assustadora obra-prima.
23-02-2013, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Ohayo
“Bom Dia”
de Yasujiro Ozu
Japão, 1959 - 94 min
legendado eletronicamente em português
Este filme pode ser considerado como uma variante, mas certamente não como um remake, de um dos mais célebres filmes de Ozu, UMARETE WA MITA KEREDO (“NASCI, MAS…”, de 1933). Mas, contrariamente à quase totalidade das obras-primas realizadas por Ozu na fase final da sua carreira, OHAYO não aborda o tema da dissolução de uma família, apenas um momento de crise. Dois miúdos fazem uma greve de silêncio para protestar contra o facto dos pais se recusarem a comprar uma televisão. A realização de Ozu, como sempre rigorosa e perfeita, tece um filme que, ao invés de mostrar o fim de uma vida, ou de uma família, mostra uma continuidade, a aceitação da mudança. Um dos filmes onde cineasta trabalha exemplarmente a cor.
Ohayo
“Bom Dia”
de Yasujiro Ozu
Japão, 1959 - 94 min
legendado eletronicamente em português
Este filme pode ser considerado como uma variante, mas certamente não como um remake, de um dos mais célebres filmes de Ozu, UMARETE WA MITA KEREDO (“NASCI, MAS…”, de 1933). Mas, contrariamente à quase totalidade das obras-primas realizadas por Ozu na fase final da sua carreira, OHAYO não aborda o tema da dissolução de uma família, apenas um momento de crise. Dois miúdos fazem uma greve de silêncio para protestar contra o facto dos pais se recusarem a comprar uma televisão. A realização de Ozu, como sempre rigorosa e perfeita, tece um filme que, ao invés de mostrar o fim de uma vida, ou de uma família, mostra uma continuidade, a aceitação da mudança. Um dos filmes onde cineasta trabalha exemplarmente a cor.